7,0, muito prazer!

Logo que nascemos, temos de nos acostumar a ser identificados através de números. Tudo começa com a certidão de nascimento. Depois, vem carteira de identidade, CPF, título de eleitor, carteira de trabalho, e por aí vai. Para quase tudo o que fazemos, lá estão os números.

Daí, um dia você ingressa na faculdade e do que precisa? Um número de matrícula!!!! Até aí, está tudo bem. Esse tipo de circunstância é compreensível.

A situação fica complicada, ou melhor, chata, quando além de um número de matrícula, se ganha um coeficiente de rendimento, o famoso escore. Esses dois algarismos irão, pretensamente, dizer que tipo de estudante você é: se daqueles que estudam muito ou daqueles relaxados, que não querem nada com a hora do Brasil.

Mas, veja bem, eu escrevi pretensamente. Sim, porque infelizmente um escore não vai informar como é a sua vida fora da faculdade (ou que existe vida fora dela), quais são seus problemas e dificuldades pessoais, se você pode passar o dia todo em companhia de livros e apostilas, quanto tempo você tem disponível para se dedicar aos estudos, etc., etc., etc.


O curioso é que instituições que pregam o acolhimento de todos os estudantes, sem fazer qualquer distinção, utilizem essa ferramenta para realizar procedimentos - matrículas em componentes curriculares, por exemplo - e acabem "separando o joio do trigo", sem se importar com tudo o que disse anteriormente.

No fim das contas, mesmo vivendo em diferentes condições e tendo diferentes oportunidades, todos são tratados como iguais. Porém, na real, quem já é privilegiado continua privilegiado e o resto... que se dane! "Se estudassem um pouco mais, não é?"

Já vi absurdos e ouvi muitas bobagens por conta do escore (parece até uma entidade, de tanto que o endeusam!). Um método totalmente justo? Infelizmente, ainda não conheço, mas sei que existem formas menos constrangedoras. Para fazer dar certo, basta ter boa vontade.

Por fim, o que me consola nessa história toda, é que na vida real não são números que determinam que tipo de profissionais seremos, não revelam nossas competências, habilidades e caráter. E agradeço muito por isso.

3 comentários:

Unknown disse...

Muito bom! é isso aí, vamos ver aqui fora realmente quem é 7,o ! :))
Esse blog bomba!

Beijos,

Thais Vitorino.

Lala disse...

Pois é, Cris. Veremos como as miss escore vão se sair aqui fora.
Excelente!

Camila Paier disse...

É, guria. Menos mal! Números, frios que são, não são como tantos dizem, donos de precisão e verdade. Um olho no olho e palavra dita com sinceridade surte efeito muito mais marcante.
Beijoca!

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